domingo, maio 21, 2006

Lugares de Culto 2



Aqui fica mais uma foto de um "lugar de culto". Esta foto não é de minha autoria e espero que o autor da mesma não se incomode (obrigado Frederico Duarte Carvalho.

Alguem sabe onde se senta esta sacerdotiza guardiã do templo, ladeada por um mocho, sentada numa esfinge, dominando forças inferiores?

sábado, maio 20, 2006

Lista Cronológica - redireccionamento

Ficava pouco funcional...

Optei por criar um blogue á parte só para a lista, visitem-no e sugiram datas.

Vejam na secção links à vossa direita...>>>>

Obrigado

sexta-feira, maio 19, 2006

Locais de CULTO 1



De hoje em diante irei aqui colocar alguns locais de culto... começo com este... O Palácio Nacional de Mafra.

O sistema heliocêcntrico á revelia de Roma... ali mesmo em Mafra... plasmado na pedra, tal como se essas falassem...

sábado, maio 13, 2006

Trailer do Código Da Vinci



Já está cá fora o trailler do Código Da Vinci...

http://www.sonypictures.com/movies/thedavincicode/

sexta-feira, maio 12, 2006

Roger Waters – The Wall Live in Berlin

O que é que Deus quer?

quinta-feira, maio 11, 2006

Dia Internacional dos Museus - 18 de Maio




"Museus e os Jovens " é o tema de reflexão proposto pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM) este ano para a 28ª edição do Dia Internacional de Museus , celebrado no dia 18 de Maio em todo o mundo.

Em Portugal os museus dependentes do Instituto Português de Museus e os restantes museus integrados na Rede Portuguesa de Museus associam-se de forma muito expressiva a esta data, promovendo iniciativas que se estendem ao longo de todo o mês de Maio.

Subordinado ao tema "Museus e os Jovens", esta comemoração destaca uma função basilar dos museus, a comunicação, que se reflecte numa enorme variedade de actividades desenvolvidas na programação: desde a inauguração de exposições e a promoção de visitas guiadas, até à animação de rua, conferências, espectáculos de música, dança, teatro e multimédia, projecção de filmes, concursos e oficinas.

A programação dos museus para o Dia Internacional dos Museus coloca em destaque o seu dinamismo enquanto instituições culturais que procuram ir ao encontro dos públicos jovens e estabelecer formas inovadoras de diálogo com as novas gerações.

Noite dos Museus – 20 de Maio

No próximo dia 20 de Maio, decorre a "Noite dos Museus", iniciativa promovida pelo Ministério da Cultura e Comunicação francês e que actualmente se estende aos países europeus.

Os museus vão abrir gratuitamente as suas portas até por volta da 1h00, oferecendo um conjunto de eventos e de animações que pela sua variedade, originalidade e riqueza irão certamente fazer despertar um outro olhar num público mais vasto.

Neste ano a pluralidade de iniciativas para celebrar a Noite dos Museus é muito variada, registando-se um aumento da oferta de actividades que convidam à visita ao museu de forma diferente, acompanhadas de espectáculos, desfiles e conferências.

No âmbito destas celebrações, a entrada nos Museus do IPM será gratuita entre 18 e 20 de Maio. A programação das actividades es tá disponível em www.ipmuseus.pt na internet dos museus e no portal da RPM www.rpmuseus-pt.org.

Ainda por ocasião desta Comemoração, de 13 a 24 de Maio, terá a oportunidade de na compra de um P asse dos Museus do IPM – 2, 5 ou 7 dias – ter 20 % de desconto nas publicações e produtos do IPM à venda nas lojas dos museus do Instituto, e na Loja de Museus situada no Palácio Foz, em Lisboa.

Qualquer questão adicional contactar:
Maria Forjaz
Divisão de Divulgação e Formação
Instituto Português de Museus
Tel.: 213650865 TL 913606160 Fax: 21 3647821
mforjaz@ipmuseus.pt

quarta-feira, maio 10, 2006

Atenção Judeus - Revista K



Acabo de encontrar um blogue dedicado à saudosa revista K !!!! (Vejam o link nos blogues recomendados.)

Lembram-se?

Aqui fica um dos artigos ali publicados que transcrevo na integra:

Domingo, Setembro 25, 2005

Atenção Judeus

Por Carlos Quevedo e Nuno Miguel Guedes



"...O rei de Portugal D. José I tinha ordenado que todo o português que tivesse sangue judeu deveria usar um chapéu amarelo. Alguns dias, mais tarde, o marquês de Pombal apresentou-se na corte com três desses chapéus debaixo do braço. O rei, surpreendido, perguntou-lhe: “O que quereis fazer com tudo isso?” Pombal respondeu que queria obedecer às ordens do rei. “Mas - disse o rei - porque tendes três chapéus? “ “Tenho um para mim - respondeu o marquês - outro para o grande inquisidor e um para o caso de Vossa Majestade desejar cobrir-se”

Cecil Roth, A history of The Marranos.



Este é o povo mais perseguido e paternalizado de todos os tempos. Do ódio gratuito à protecção oficial, conheceram tudo. Em Portugal também. Esta é uma pequena história de como nem sempre fomos de mui brandos costumes.



Não existe nenhum povo tão odiado nem tão protegido como o povo judeu. Consegue dividir a humanidade em extremos que vão do anti-semitismo primário e arreigado até à complacência mais miserabilista.


Como assinalou Leon Poliakov na História ido Anti-semitismo, mesmo as apologias do judaísmo viraram-se muitas vezes contra os seus autores, produzindo o efeito contrário.


Terá sido a arrogância do povo eleito que provocou esta tradição persecutória? Ou, pelo contrário, foi a humildade da vítima que criou o monstro de intolerância que é o anti-semitismo ancestral? A propósito, convém ter em atenção o que Poliakov afirma no livro já citado: "As perseguições que aguçavam o sentido de justiça dos judeus incitavam-nos também a deter-se nelas, às vezes até a deleitarem-se no seu papel de vítimas, coisa que de facto foi o seu papel do ponto de vista histórico; e não há dúvida que um semelhante deleite estimula a tentação dos verdugos." Tudo começou seis séculos antes de Cristo. É durante o primeiro exílio forçado na Babilónia, a primeira e mais antiga das Diásporas, que se formula a essência do judaísmo com a redacção definitiva do Pentateuco - os cinco primeiros livros das escrituras, que funcionam, como código religioso e legal para os judeus -, a lealdade ao Sião, o fim dos vestígios de idolatria; mas, sobretudo, o início da internacionalização do povo judeu.


A tradição internacionalista e cosmopolita do povo hebreu tem o seu verdadeiro início na altura da invasão Babilónica, em 586 a.C. Esta data coincide com o exílio em massa dos israelitas: estava estabelecida a primeira Diáspora. E é aqui que nasce o judaísmo como sistema de ideias. Os judeus integravam-se facilmente nos povos da Ásia Menor, África do Norte e Península Ibérica. Étnica e socialmente, a integração decorria sem problemas. Era o culto que acentuava as diferenças: o monoteísmo impedia-os de se renderem aos deuses romanos e guardar o Sabatt trazia-lhes situações complicadas.


Muitos autores da antiguidade indignavam-se com o proselitismo activo dos hebreus. Para os cépticos, lembramos que o dever de pregar os ensinamentos de Deus já vinha dos Profetas. «Foi dirigida a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amati, a qual dizia: levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e prega nela...» (Jonas, I, 1-2). Outras provas da dispersão ou proselitismo hebraico são a existência de judeus etíopes, que há pouco tempo voltaram a Israel. Na China, encontram-se reminiscências da cultura hebraica na província de Honam - chineses que não comem carne de porco e que eram circuncidados. No Japão, palavras fora de qualquer etimologia tradicional provam a existência remota de judeus e templos abandonados têm inscritas as palavras "David" ou "Israel". Há quem diga que o termo “Samurai” vem de “Samaria”- uma região da Galileia -, interpretação que coincide com a tradição segundo a qual os Samurais descendiam de uma tribo vinda do extremo do continente asiático. Na Índia, ainda hoje existem os Beni Israel ou Shauvar Telis (prensadores de óleo de sábado) nas regiões de Bombaim, os judeus negros em Cochim e Malabar.



Um Judeu chamado Jesus


O aparecimento do cristianismo foi o grande acontecimento na história do judaísmo. Uma religião que reivindicava o mesmo Deus, com uma militância proselitista irredutível e cujos targets eram absolutamente indiscriminados, só podia ser um terremoto para o pacífico povo judeu. Se conseguirmos pensar como os hebreus, os primeiros cristãos eram pura e simplesmente hereges. Sobretudo no início, a evangelização limitava-se ao próprio povo judeu, sendo por isso um problema absolutamente interno. Mesmo os romanos não faziam, até ao século 11, grande distinção entre judeus e cristãos. Mas são as características e idiossincrasia judaicas que sugerem um êxito limitado por parte dos cristãos e que os fez, de facto, dirigirem a mensagem de Cristo para os não-judeus. Do ponto de vista da lógica da sobrevivência religiosa, era mais inteligente por parte dos cristãos responsabilizar os judeus que o tinham renegado do que os romanos que o tinham de facto matado. Os romanos não só eram a polícia, a potência dominante, mas também o território.


Na origem do cristianismo podemos também prever o nascimento não do anti-semitismo mas do antijudaísmo. Com efeito, à medida que avançamos na história, encontramos esta constante negação cristã das suas origens judaicas. Pouco a pouco, tenta-se tudo para apagar da memória do povo cristão o estreito parentesco que os une aos judeus. Até o nome daquele que traíra o Redentor – Judas – é um derivado do patronímico da terra de origem dos judeus.


É com o início da Primeira Cruzada, pregada pelo Papa Urbano II, em 1095, que encontramos registados os primeiros massacres contra os judeus. Se são conhecidos os objectivos comerciais das Cruzadas, também são conhecidos os benefícios espirituais - indulgências - com que eram contemplados os participantes de tais empresas.


O primeiro genocídio data do século XII. Foi na cidade de Rottingen, na Francónia, e por causa de uma hóstia profanada. Um tal Rindfleish amotinou a população que massacrou todos os judeus da cidade, alargando a sua vingança a toda a Francónia e Baviera. Fala-se de 100.000 judeus mortos. Com os massacres de 1096, começou a estação de caça ao judeu que teve o seu auge na Segunda Guerra Mundial.


Perante a legalização: do anti-semitismo com a lnquisição, os judeus, especialmente os judeus ibéricos, tinham poucas alternativas de sobrevivência. Emigrar era uma delas, mas poucos tinham a possibilidade de refazer uma nova vida num país estrangeiro. A conversão era mais acessível, mas nem sempre era uma garantia de salvar a vida. Era muitas vezes a possibilidade de escolha da maneira como se queria morrer. Os que decidiram mudar de confissão deram origem a uma nova categoria de fiéis: os cristãos-novos. É fácil perceber que um cristão converso perante a ameaça da fogueira não podia obviamente dar muitas garantias de fidelidade. "Deixava de ser um mau judeu para se tornar um péssimo cristão", como escreveu Menendez y Pelayo. Podiam acontecer duas coisas: ou o cristão pouco convicto acabava por adquirir essa convicção após uma ou duas gerações, ou fazia de conta que era cristão e praticava secretamente a fé do povo de Israel. Este segundo caso é um dos acontecimentos mais impressionantes da história da humanidade. Marranos: era como se chamavam estes judeus clandestinos. Abdicando exteriormente de tudo que os pudesse desmascarar, confundiam-se com os cristãos: nome, práticas, língua. Mas no fundo dos seus corações continuavam, tal como antes, a adorar apenas o Deus do Antigo Testamento. À ancestral culpa judaica alimentada por um Deus protector mas ciumento, autoritário e vingativo, estes criptojudeus juntaram um novo tormento: negar quem se adora para poder continuar a adorá-lo. Em Portugal, a comunidade de Belmonte tem uma história semelhante.


NÓS, JUDEUS

Desde a sua chegada à Península até aos dias de hoje, os judeus tiveram sempre um papel importantíssimo na vida de Portugal e Espanha. As primeiras provas documentais da existência de judeus no futuro território de Portugal datam do século VI ou VII da nossa era. Mas já trezentos anos antes a Igreja Católica mostrava a sua má-vontade com o povo hebraico ao estabelecer várias restrições aos cristãos no seu relacionamento com os judeus (Concílio de Elvira). No entanto, esta atitude claramente anti-semita nunca foi muito significativa no que diz respeito à convivência da população portuguesa com a comunidade judaica. Quando D. Afonso Henriques conquista Santarém, em 1147, serve-se da comunidade judaica que aí vivia como colonizadora e povoadora do novo reino que se formava. Aliás, quando o nosso primeiro rei entrega a Yahia Aben-Yaisch o controlo total da arrecadação das rendas públicas, inaugura a política proteccionista que continuará, com maior ou menor significado, até ao reinado de D. Manuel I. Os monarcas precisavam dos judeus, sobretudo por razões económicas: estes não só possuíam largas fortunas pessoais que ajudavam a corte a sobreviver, como também estavam obrigados a pagar pesadíssimos impostos e tributos Por isso ocupavam altos cargos públicos (normalmente associados com assuntos do Tesouro), contribuindo para manter baixa tensão entre a população cristã e a comunidade hebraica.


Os reis portugueses viam-se muitas vezes divididos entre as necessidades efectivas das suas cortes e o dever para com a Igreja Católica, que nesses tempos era lobby de respeito. Muitos foram os conflitos com o clero só porque os nossos reis não obrigavam os judeus a usar distintivos ou a pagar dízimos. D. Dinis, por exemplo, embora tenha decretado leis que punham em causa a palavra de um judeu contra a de um cristão, além de ter acatado as disposições do Concílio de Latrão, nunca se desviou da política geral de protecção dos judeus. O filossemitismo é imagem de marca dos soberanos nacionais.


Mas a verdadeira manifestação de anti-semitismo dá-se com a expulsão dos judeus ordenada por D. Manuel I, em 1496. Isto seguiu-se à expulsão dos judeus de Espanha por D. Fernando e D. Isabel, decretada quatro anos antes. Muitos dos judeus espanhóis refugiaram-se em Portugal, o que veio a causar grande instabilidade social. As epidemias do final do século XV levam o povo a atribuir as culpas aos novos refugiados. Estes factores, adicionados às pressões dos Reis Católicos de Espanha (e às da Infanta Isabel, que só aceitaria casar com D. Manuel quando Portugal estivesse purificado de judeus) levam o rei português a decretar a expulsão em Dezembro de 1496.


Só que este decreto não tem o mesmo significado que o espanhol: D. Manuel sabia como os judeus são essenciais para um país em expansão territorial. Dentro da comunidade hebraica, para além de grandes fortunas, existiam grandes intelectos: médicos, matemáticos, cientistas. Por isso, dá ao judeu a possibilidade de ficar em Portugal mediante conversão, ao mesmo tempo que utiliza todos os recursos para forçar essa conversão. O prazo de expulsão é também maior: dez meses para abandonar o país, em contraste com os quatro meses espanhóis. Durante esse tempo, D. Manuel não faz preparativos para o embarque dos judeus; manda retirar as crianças judias às suas famílias e educá-Ias em famílias cristãs; isenta de inquérito ou perseguição religiosa todos os cristãos-novos durante vinte anos, o que na prática significava que mesmo depois de baptizados poderiam continuar a ser judeus; e, finalmente, no momento do embarque, manda baptizar à força os últimos renitentes. Assim, a maior parte dos judeus fica em Portugal como cristãos-novos. A comunidade judaica desaparece, enquanto entidade autónoma. Mas os judeus, as suas fortunas e as suas capacidades de trabalho, permanecem no país, ao serviço do reino. D. Manuel pode proclamar a "limpeza"de Portugal e ao mesmo tempo desfrutar do que sempre possuiu.


Até ao estabelecimento da Inquisição em Portugal, o anti-semitismo viveu em crescendo. A Igreja estimulava o ódio: em 1506, frades dominicanos chefiaram uma das maiores matanças feitas em Portugal contra os judeus. E tudo porque um cristão-novo teve a enorme infelicidade de tentar explicar um reflexo estranho que se via num crucifixo (provocado por um raio de sol, provavelmente) e que o povo via como sinal divino. Resultado: o infeliz foi levado para o adro e ali mesmo queimado. Seguiu-se uma tresloucada caça ao judeu que não poupou nem mulheres nem crianças.


Em 1536 surgiu a lnquisição. Embora tenha sido mais moderada em Portugal do que em Espanha, convém não nos enganarmos porque o anti-semitismo luso não era pouco. E a não ser a lusitana moderação, pouca diferença encontraremos entre a lnquisição portuguesa e a espanhola. Os números mostram bem que os rapazes do Santo Ofício não brincavam em serviço. De 1536 a 1821 existiram 750 autos-de-fé em Lisboa, Coimbra e Elvas; foram julgadas cerca de 40.000 pessoas e mais de 30.000 foram condenadas. Dessas, 1175 seriam executadas por garrote ou queimadas vivas. É evidente que se compararmos estes números com os da Inquisição espanhola, a nossa padecia de uma piedade sem limites. Mas a tragédia está no facto de estes números terem existido. Ainda a propósito, e só como curiosidade, recordemos um estudo interessante de Alexandre Gusmão (irmão de Bartolomeu de Gusmão, o padre da Passarola Voadora), onde provava, através da análise das genealogias dos Grandes Inquisidores, que todos eles tinham uma maior ou menor dose de sangue judeu...


O anti-semitismo conheceu grande popularidade no princípio do século. Em 1924, Mário Saa publica o célebre A Invasão dos Judeus. O título já dizia tudo, mas os nomes dos capítulos reforçam a ira anti-semita: "Invasão do Sangue", "Assalto à Riqueza", "Assalto ao Estado", "Assalto à Religião", "Assalto à Vida Mental". Nesta última parte, Mário Saa chega mesmo a contrapor os intelectuais não judeus (arianos) aos judeus, comparando-os através de sinais físicos. Entre a lista de intelectuais judeus, encontramos Fernando Pessoa, Raul Leal, António Ferro, Almada Negreiros. Com a exaltação dos nacionalismos favorecidos pelo Estado Novo, é fácil encontrar mais radicalismos anti-hebraicos em Portugal. Em 1948 (ano da constituição do Estado de Israel), o jornal A Nação - "semanário da actualidade política e literária" que ostentava um integralismo deturpado e um fascismo ferocíssimo - publicava na sua edição de 17 de Julho um artigo com o título "Os judeus... são judeus". Para bom entendedor, eis alguns excertos iluminados: "A guerra da Palestina, a proclamação do Estado judaico e a agitação que se apoderou de todo o mundo, acentuaram, com mais vigor que cinquenta discursos de Hitler, a realidade do problema judaico e a gravidade do mal." Assina o artigo Christianus...


Terá a sociedade ocidental necessidade de um povo a quem odiar? Quer dizer, foram os judeus como poderiam ter sido os ciganos ou os loiros? Sem dúvida que não. O anti-semitismo não pode reduzir-se a uma mera questão racista. Porém, podemos pensar que um primeiro ódio religioso deu lugar a outro, este racista. Embora ainda não se tenha dito a última palavra sobre a hereditariedade genética, não acreditamos na transmissão de uma mentalidade ou característica hebraica. É ridículo. Mas acreditamos numa identidade ou personalidade judaica intrínseca a um povo que através dos séculos se habituou a ser o bode expiatório das comunidades em que vivia sem conviver. Infelizmente, é claro que os estereótipos anti-semitas transmitidos de geração em geração nos hão-de sobreviver. Shylock de Shakespeare continuará a ser O judeu. Também Horácio, Tácito, S. Tomás de Aquino, Maquiavel, Cervantes (este muito provavelmente um cristão-novo), Voltaire,. Dickens, Nietzsche, Pound e muitos mais, - contribuíram para a cultura anti-semita dando mais elementos para formar o judeu a abater. De Abraão até Marx, Freud e Einstein ou da Babilónia até Auschwitz este povo guarda muitas respostas. Mas nós não podemos deixar de procurar as razões da barbárie cometida através dos séculos. O judeu continuará a ter de demonstrar a sua inocência numa cultura que já o declarou culpado.

terça-feira, maio 09, 2006

Dicionário Simbólico - Aliança



Palavra composta de origem latino-francesa.

Significa reunir, juntar, associar. Actualmente a expressão mais conhecida deste ritual é através de um anel de ouro colocado no dedo anelar, por ocasião do casamento, significando desta forma a união entre duas pessoas.

Em determinados graus de maçonaria, por exemplo, o recipiendário do grau recebe o seu anel confeccionado em marfim, simbolizando desta forma a união pura e mística.

Teologicamente chamamos aliança à união do homem com o seu Criador, nomeadamente a aliança entre Jeová e Abraão. Patriarca dos hebreus, dos cristãos e dos muçulmanos.

A aliança ou pacto foi o “contrato” que Deus formulou com o homem que criou e valorizou sobre tudo o resto, pois em si ele contém o Cosmos e os vários Universos.

Ao criar o mundo Iavé disse: "Façamos o homem à nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar e sobre as aves do céu e sobre o gado e sobre toda a Terra e sobre todo o animal réptil que se arrasta sobre o solo". (Gênesis I, 26:28).

A primeira aliança foi de Deus para consigo mesmo, ou seja, foi uma disposição unilateral, pois considerava o homem como uma criação sua, tendo sobre ele pleno domínio.

Assim que criou o homem: "Iavé Deus tomou ao homem e o colocou no jardim Éden para que o cultivasse e guardasse. E Iavé Deus impôs ao homem um preceito, dizendo:" "De todas as árvores do jardim podes comer sem receio". Porém da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque no dia em que comeres morrerás irremediavelmente"".

Este pacto, Adão e Eva, aceitaram tacitamente, no entanto ignoravam o que poderia significar "o conhecimento".

Como é sabido, esta aliança durou pouco, porque a inteligência nata ou gnóstica, começou a despertar, sendo mais acentuada em Eva, pela intuição. Aceitou a sugestão da serpente e atraída pela beleza do fruto daquela árvore proibida, não só a colheu, como comeu e deu a Adão para que, ele também, a ingerisse. Rompera-se o pacto.

Os primeiros seres humanos passaram a usar dos meios que dispunham e procriaram em número suficiente até se estabelecerem, após inúmeros séculos, numa comunidade que desenvolvia paralelamente com a inteligência, os seus instintos, provocando grande preocupação a Iavé. Que realizou o Dilúvio, o sacrifício da grande maioria da humanidade, no entanto permitiu a preservação dos que ingressaram na Arca de Noé, para que dessem continuidade a uma renovada e repovoada Terra, tanto com animais seleccionados como com as pessoas, então Iavé propôs um segundo pacto: "Estabelecerei uma Aliança convosco e com vossa descendência de que não haverá mais um Dilúvio para destruir a Terra; como símbolo, porei um Arco entre as nuvens como sinal da minha "Aliança".

Novamente, passados muitos séculos, o homem voltou a esquecer o pacto realizado, no entanto, e mais uma vez, Deus concedeu nova oportunidade à humanidade e, dirigindo-se a Abraão ordenou-lhe que largasse tudo, deixasse família e se preparasse para dar inicio a uma nova aliança com Iavé. Ordenou-lhe que se dirigisse à terra de Canaã apresentando-lhe uma nova Aliança: "Eis aqui meu pacto contigo: serás pai de uma multidão de povos... Eu estabeleço contigo e com a tua descendência, depois de ti por suas gerações, meu pacto eterno de ser teu Deus e o de tua descendência... Isto observarás tu e tua descendência, depois de ti, circuncidarás todo o varão e isso será o sinal do pacto entre mim e vós".

As Alianças estabelecidas apresentavam sempre um símbolo. A circuncisão, que é a retirada da pele que encobre o prepúcio do membro sexual masculino, manteve a simbologia do Círculo.

O primeiro círculo da aliança foi o Arco-Íris, um semicírculo; depois, a pele em forma de anel. Passaram-se os séculos e vamos encontrar o povo de Deus envolvido nas mais emocionantes sagas, até que assolados por uma interminável seca, buscaram nas terras egípcias o alimento e ali se estabeleceram e cresceram a ponto de preocupar os Egípcios que ficavam em minoria. Após duras provas, perseguições e escravidão, Moisés os retiraria do Egipto e na longa caminhada expiatória, andando em círculos no deserto, surge o episodio da Aliança do Sinai, quando Moisés recebeu as condições da nova Aliança, representadas pelos Dez Mandamentos.

As Tábuas da Lei, novo símbolo visível e que seria preservado, colocado dentro de uma Arca que passou a denominar-se de a "Arca da Aliança", misteriosamente desaparecida quando os Babilónios arrasaram o Grande Templo de Salomão. Quando essa Arca for encontrada, pois permanece misteriosamente oculta, hão-de surgir acontecimentos estranhos.

Longo período de desencantos e desobediências, referidas pelo profeta Jeremias: "Desde o dia em que vossos pais saíram do Egipto, até hoje, lhes enviei meus servos, os profetas, dia após dia. Porém, não me escutaram, não me prestaram ouvidos e endureceram o seu coração e obraram pior que seus pais". O profeta Jeremias anuncia uma nova Aliança: "Eis que aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova Aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, não conforme a Aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egipto, porquanto eles anularam a minha Aliança, não obstante Eu os haver desposado, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor. Na mente lhes imprimirei as minhas leis e também no coração lhes inscreverei; eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Não ensinará nada jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniquidades, e dos seus pecados jamais me lembrarei".

Contudo, e mais uma vez, o povo de Deus não se manteve fiel ao pacto e como castigo houve "Diáspora", ou seja, a dispersão do povo hebreu. O símbolo desta Aliança entretanto perdida foi a destruição do Templo de Salomão.

Finalmente, surge uma "penúltima Aliança", denominada de "A Aliança do espírito", tendo por símbolo a pessoa de Jesus. O plano da Salvação através de quem Iavé denominou de seu Filho Predilecto.

O alcançar o esperado retorna às primeiras condições, a um segundo Jardim do Éden numa concepção esotérico-espiritual, descrita como sendo a Jerusalém Celeste.

Até lá, os místicos estão na expectativa de uma última Aliança, porque durante dois mil anos, a pregação de Jesus perde-se no egocentrismo da Humanidade que tem a Deus como um mito e não como seu Criador.

Muito têm especulado sobre essa Nova Jerusalém, havendo nações que a reclamam de há muito, como a portuguesa, cujo desígnio ou missão, segundo muitos, passa exactamente pela edificação da mesma, daí o seu nome – Porto do Graal.

Dicionário Simbólico - Abutre




É uma ave utilizada simbolicamente por muitos povos indígenas. Símbolo de poder purificador e doador de vitalidade do fogo e do sol. Para os Maias, por exemplo, era ainda símbolo de morte.

É um símbolo alquímico uma vez que transforma carne morta em energia vital, sendo visto em África como o animal que verdadeiramente conhece o significado da transmutação alquímica.

No Egipto antigo, o Abutre era protector da realeza, sendo visível nos elmos pertencentes às rainhas egípcias que assumiam a forma do Abutre, onde as asas cobriam lateralmente a cabeça, ficando a cabeça do Abutre sobre a testa da rainha.

Na Antiguidade clássica, o Abutre era atribuído ao Deus Apolo, pois prenuncia o destino com o seu voo. Para os cristãos simboliza a virgindade mariana, pois pensava-se que os ovos do Abutre eram fecundados pelos ventos de leste.

Dicionário Simbólico - Abraxas



Figura representada com tronco humano, cabeça de galo, braços humanos e serpentes no lugar das pernas, segura na mão direita um chicote e na esquerda um escudo. É também uma palavra mágica. Entre os gnósticos gregos corresponde ao Deus do Ano, sendo que o valor numérico das sete letras corresponde a 365 (alfa=1 + beta=2 + ro=100 + alfa=1 + ksi=60 + alfa=1 + sigma=200 = 365). Atribui-se a sua invenção ao Gnóstico Basílio (120 d.C.) derivado do hebraico beraka (bênção) ou abrac (raio, relâmpago) que veio a dar a palavra abracadabra. Nos papiros helénicos dedicados ao hermetismo e magia, bem como nos amuletos de pedra medievais e em toda a Antiguidade, por sinal, o abraxas é símbolo da totalidade, do todo, de Deus para os Gnósticos.

Dicionário Simbólico - Abóbora



Tal como a romã, por ter inúmeras sementes, é considerada símbolo da fertilidade. Para muitos povos a abóbora é um dos símbolos do Ovo do Mundo, bem como do útero. No taoismo, por exemplo, é considerada como um alimento que concede longevidade e imortalidade física. Para os chineses, beber de duas metades secas de abóbora, significa a pureza original partida em dois pedaços. Para o mundo cristão, uma vez que a abóbora cresce e estraga-se muito rapidamente, está relacionada com a brevidade e a fragilidade da vida.

Dicionário Simbólico

Se calhar o titulo é pretensioso, mas a ideia não... Daqui em diante irei apresentar alguns simbolos interessantes e tentar abordar os seus possiveis significados... aqui fica o desafio para que acrescentem sempre algo...

sexta-feira, maio 05, 2006

A Portuguesa




Para quem não sabe... o Hino Nacional de Portugal é um pouco mais extenso e com passagens algo mais... digamos... interessantes... ora vejam:


Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

A mais bela bandeira do mundo...



É verdade... esta aí o mundial... PORTUGAL!!

E eu, cá de cima, tenho acompanhado o que se passa por aí e há algo que me suscitou a curiosidade... espero que esteja errado, que tenha visto mal, mas lá para os lados da vossa Av. da República está esta imagem (que postei em cima) na esquina com a Av. Elias Garcia e... ou muito me engano mas a rapariga segura uma daquelas buzinas que vocês costumam levar à bola e nessa buzina está pintada a vossa bandeira... no entanto... vocês afinal têm CASTELOS ou têm PAGODES nas bandeiras...??

Eu não tenho nenhuma mania da conspiração mas acho que lá os senhores do marketing do BES quiseram emendar a mão e no site oficial da campanha www.amaisbelabandeiradomundo.com lá taparam a dita buzina com uns dizeres...

E o cartaz de rua? vai ficar assim?

Provérbio Zen

Andando por deambulações no vosso planeta encontrei um sitio muito interessantes http://www.paradisia.org e vi por lá a seguinte frase:

A PROCURA É AQUILO QUE TODOS INICIARÍAMOS, SE NÃO ESTIVÉSSEMOS ATOLADOS
NOS NOSSOS QUOTIDIANOS. DESPERTAR PARA A PROCURA É VIVER PARA ALGO. NÃO
VIVER PARA ALGO É NÃO VIVER.

Ao que não me consigo abster de soltar um suspiro e uma pergunta... e tu, procuras?

Os Ensinamentos de Quíron a Esculápio




Quíron era o mais sábio dos centauros mitológicos, sob a sua alçada estiveram por exemplo Apolo e Aquiles. Dizem as lendas que os grandes Reis da antiguidade clássica entregavam os seus primogénitos para serem instruídos por Quíron.

Se pararmos um pouco para reflectir é perceptível o porquê da elevada reputação de Quíron. O Homem para atingir a plenitude do seu potencial deverá conhecer a dualidade que lhe é inerente, deverá conhecer o seu lado racional e o seu lado emocional, o seu lado de sinal positivo e o seu lado de sinal negativo, o seu lado masculino e o seu lado feminino, o seu lado besta e o seu lado humano – quem melhor do que um ser divino meio animal e meio humano para o ensinar?

Esculápio ou Asclépides, conhecido como o Deus da Medicina foi instruído por Quíron na arte de curar. Quíron deu a Esculápio quatro ferramentas elementares, dizendo-lhe que se as usasse com a devida proporcionalidade e discernimento curaria todos os enfermos de todos os males e preveniria que outros caíssem em desgraças semelhantes.

As ferramentas são:
A Faca; a Planta; a Terra e a Palavra.

Pela “Faca” Quíron quis falar em todas as práticas terapêuticas de preocupação curativa e interventora no corpo do enfermo, ou seja, por “Faca” deveremos entender práticas como a cirurgia, o acto de fricção da massagem, a manipulação osteopática, a acupunctura, etc., ou seja, todas as práticas de carácter intrusivo, de carácter penetrante, de carácter fálico e por essa razão de sinal masculino, positivo (positivo de sinal + e não positivo de correcto ou certo), interventivo e actuante.

Pela “Planta” Quíron quis falar na utilização de substâncias medicinais, que na altura seriam plantas medicinais e hoje serão os fármacos. Como é perceptível esta é mais uma ferramenta de preocupação curativa e interventora no corpo do enfermo, tal como a anterior, e por esta razão é também de sinal +.

Pela “Terra” Quíron quis falar nas práticas terapêuticas e/ou preventivas, pois sob o elemento Terra encontramos a argila ou terra curativa tanto na sua vertente medicinal como na sua vertente mais mágico-religiosa, no sentido de ligação a Gaia, a mãe Terra. A ferramenta “Terra” remete de uma maneira mais premente e evidente para a analogia entre este elemento e a condição uterina da mulher, ou seja, é a terra que cria as condições para a germinação da semente, é a terra, elemento passivo que nutre a semente, que lhe cria as condições para o seu desenvolvimento. Desta forma, a ferramenta “Terra”, mais do que elemento curativo, é uma ferramenta que visa criar as condições propícias à cura ou à boa saúde. Um bom exemplo da aplicação da ferramenta “Terra” será o trabalho em equipa numa unidade de prestação de cuidados de saúde, pois é através de um verdadeiro espírito de equipa entre os vários profissionais envolvidos que se melhora a eficácia e eficiência dos cuidados prestados. Outro exemplo da aplicação da ferramenta “Terra” mas agora numa óptica mais preventiva será a prática de exercício físico regular e a adopção de um estilo de vida mais saudável, ou seja, desta forma o indivíduo cria as condições para que o seu corpo físico, mental e espiritual mais depressa reencontre o seu estado de equilíbrio e assim se furte a descompensações face a constantes agressões de que é alvo no dia a dia.

A última ferramenta corresponde à “Palavra”, e esta ferramenta, a exemplo da anterior é também de sinal –, feminino. Quíron quis dizer com a ferramenta “Palavra” que através da comunicação verbal e não verbal com o indivíduo Esculápio tinha a oportunidade de utilizar esta mesma relação com o outro como um instrumento terapêutico e preventivo de per se. Através da relação com o outro é possível tentar fazê-lo perceber a necessidade de adoptar posturas e comportamentos conducentes ao reequilíbrio do estado de saúde quando esta se encontra descompensada ou manter a mesma em estado de harmonia.

Pegando novamente no tema da dualidade ou dicotomia, nos contrários presentes nas mais pequenas coisas da vida (no Yin e Yang dos orientais, por ex.), podemos começar por observar estas quatro ferramentas à luz deste conceito, e assim temos:
• Faca: elemento de sinal positivo, masculino, fálico e activo;
• Planta: elemento de sinal positivo, masculino, fálico e activo;
• Terra: elemento de sinal negativo, feminino, uterino e passivo;
• Palavra: elemento de sinal negativo, feminino, uterino e passivo.

Nestes quatro elementos vemos assim a dicotomia patente entre masculino e feminino, entre positivo e negativo e entre activo e passivo, que apesar de contrários ou em pólos opostos, complementam-se. Desta dicotomia podemos ainda extrapolar para a dicotomia no próprio homem, ou seja, a dicotomia corpo-mente, que apesar de aparentemente em pólos opostos, complementam-se.

O pólo “corpo” corresponderia então ao aspecto material do homem e ao pólo “mente” corresponderia o aspecto mental, intuitivo, cognitivo e não-físico do homem.

Os antigos identificavam esta dicotomia também com o número quatro – o elemento quaternário. Pitágoras, o filósofo dos números, falou-nos nos quatro elementos da natureza: Água, Fogo, Ar e Terra. No entanto, mesmo estes elementos pertencentes ao quaternário são eles mesmos duplos ou dicotómicos, ou seja, como elementos de índole mais material e concreto teríamos a Água e a Terra, e como elementos menos densos ou materiais teríamos o Fogo e o Ar, no entanto todos fazem parte do quaternário. Aliás, a própria cruz que nos habituámos a identificar como símbolo do cristianismo é em si mesmo um símbolo desta dicotomia, um símbolo de vida e não de morte, representado a haste horizontal o plano material da vida e a haste vertical o seu plano espiritual, estando a virtude na intersecção dos dois (já lá diz o ditado português “no meio é que está a virtude”…). Esta mesma cruz já era usada por exemplo, pelos hindus apelidando-a de swastika, um símbolo hoje maldito devido à profanação realizada por Hitler.

Mas atentemos um pouco melhor à simbólica desta cruz arcaica, a swastika, ela diz-nos que estes dois aspectos da vida do homem, para ser relacionarem eficazmente e assim proporcionarem vida e não estagnação têm que estar em movimento, e é exactamente isso que a swastika significa, uma cruz em movimento, por esta razão é que existem as pequenas hastes verticais perpendiculares a cada uma das hastes maiores, ou seja, querem apenas significar movimento.

Voltando agora a Pitágoras, podemos encontrar esta mesma ideia nos seus ensinamentos. Se pegarmos numa folha de papel e desenharmos quatro pontos equidistantes temos a representação gráfica de um quadrado, mas se, tal como na cruz lhe aplicarmos um quinto elemento ou quinto ponto no centro já se torna possível edificar algo, no caso uma pirâmide. A Questão está é em como é que edificamos esse algo, o que é essa quinta essência que faz a cruz movimentar-se e o quinto ponto pitagórico ascender e assim reproduzir a pirâmide?

Ou trazendo a questão para os ensinamentos de Quíron, como é que fazemos funcionar a quadratura por ele ensinada a Esculápio?

A resposta encontramo-la no quinto elemento, na quintessência, ou seja, no acto criativo e de doccere, ou seja, no acto de ensinar. A palavra doccere é a base da palavra docência ou ensino bem como da palavra medicina. Desta forma poderemos resumir esta ideia dizendo apenas que cabe ao profissional de saúde usar as quatro ferramentas colocadas à sua disposição por Quíron, no entanto, nada poderá realizar se não as souber usar adequadamente, e isto só se obtém ensinando o indivíduo alvo da intervenção a usufruir ele mesmo destas quatro ferramentas. O terapeuta tem a responsabilidade de provocar no indivíduo a necessidade e a vontade em abraçar atitudes e comportamentos modificadores de hábitos de vida, deverá assumir que para obter o equilíbrio ou mesmo a cura só o poderá fazer plenamente se assumir definitivamente as suas responsabilidades e papéis no seu próprio processo de cura, não delegando toda a iniciativa e responsabilidade no técnico de saúde.

quinta-feira, maio 04, 2006

Serei macho serei fêmea…



Esta é uma questão que me tem sido colocada tanto por divindades colegas como por outros seres que aqui não é mister abordar. Que dirás tu terráqueo?

Serei macho, positivo, solar, activo, Homem portanto?

Ou serei fêmea, negativo, lunar, passivo, Mulher por outro tanto?

Os alquimistas, esses loucos que, entre vós, melhor me conhecem chamam-me de argento-vivo, pois foi essa a correspondência que encontraram para me caracterizar no vosso planeta. Mas além de argento-vivo, chamam-me de matéria prima… ah bom! Agora já estamos a chegar a algum lado… matéria prima… a matéria essencial, a primeira de todas as coisas, aquilo de que tudo advém… e ao qual tudo retorna por sinal…

Por Pedra Filosofal me conhecem os mais velhos… na arte de querer saber mais. Pois ali também me encontro, saibam eles discernir-me do enxofre, meu companheiro de longas labutas…

Sou como já deveis ou deveríeis saber, junto do enxofre e do sal, um elemento filosófico, um dos princípios do Universo, uma das matérias primas que tudo faz girar em movimento centrífugo e centrípeto, em afastamentos e aproximações irregularmente constantes à Verdade!

Não me prendas terráqueo, não me segures ser inferior, lê-me, estuda-me, observa-me, mas nunca, nunca, me segures… a minha volatilidade não se coaduna com a tua materialidade! No entanto, se iniciares um caminho, lá estarei para te fazer companhia, ao lado, à frente e atrás, contigo, volátil, spiritual…

Oponho-me ao Sol
Oponho-me a Marte
Oponho-me a Júpiter
E a Urano

Oponho-me ainda a Vénus
Oponho-me a Saturno
E a Neptuno

Oponho-me por inerência à minha natureza, pois sou Sol e Vénus, Marte e Saturno, sou Júpiter, Urano e Neptuno… Sou todos e não sou nenhum… sou macho e sou fêmea… sou elo de amor alquímico entre contrários!

Eis-me, o elemento primordial de que tudo vem e para o qual tudo vai…

Fui preceptor de grandes mulheres… uma delas a Rainha do Egipto, a saudosa Ísis…



A própria Ísis o disse, num célebre discurso seu que ficou imortalizado numa coluna na cidade de Nisa na Arábia, onde disse:

Eu sou Ísis, Rainha deste país. Fui instruída por Mercúrio. Ninguém pode destruir as leis que eu estabeleci. Sou a filha mais velha de Saturno, o mais antigo dos deuses. Sou a mulher e irmã de Osíris o Rei. Fui eu quem deu a conhecer aos mortais a utilidade do trigo. Sou a mãe de Horus, o Rei. A cidade de Bubaste foi erigida em minha honra. Regozija-te, Oh Egipto, regozija-te, terra que me deu berço!

terça-feira, maio 02, 2006

Porque terá sido?



Se observarmos as vestes de Camões podemos perceber umas figuras desenhadas... umas salamandras... as mesmas que na época eram usadas nos mantos dos hereges nos autos-de-fé da Inquisição, quando os levavam para a fogueira...

Porque terá o autor desta imagem imortalizado Camões com esta aparência, que terá ele querido dizer?

Conferências que valem a pena...

Caros terráqueos, no próximo dia 07/05/2006, dia do sol (acho que no vosso país chamam-lhe domingo...) numa bela loja ali para Benfica, a Àureaboros, às 10:00h, irá decorrer uma conferência dada por amigo meu, aproveitem o dia, já dizia o outro...

The brief agenda for the conference is:

1. The Beginning point of the Dance of Karma
- Where did it all start

O Ponto Inicial da Dança do Karma:
- O Ínicio da Aventura da Alma

2. The role of Karma in the inner understanding of the Cosmic Being.
- Karma, what exactly on its own
- Karma, The importance of understanding it
- Karma, Influence on every cosmic being

O papel do Karma na compreensão interna do Ser Cósmico
- O significado do Karma
- A importância da comprêensão do Karma
- A influência do Karma no Ser Cósmico

3. Movie of Message of Karma
- Original Shreemad Bhagavat GEETA (Song of God) from Mahabharata Epic. (Movie)
- 1.5 Hour movie on a Big Screen with comments of Swamiji.

Exibição de um Filme Épico sobre o Karma
- O Shreemad Bhagavat GEETA ( "A Canção do Senhor" ) do grande Livro Épico Mahabharata
- 90 m de Filme projectados numa tela cinematográfica, com esclarecimentos de Swamiji
- Debate sobre o filme

4. Keys for the development of the Soul in its multiple manifestations in the physical world.
- What is the Soul and how to develop it
- What is the Soul's manifestation in the Universe of Physics Phenomena
- The importance of the Physical World and Karma To the Soul.

Chaves para o desenvolvimento da Alma nas suas múltiplas manifestações no mundo da matéria
- O que é a Alma- chaves para atingir o seu perfeito desenvolvimento
- Os Estados da manifestação da Alma no Universo dos Fenômenos Físicos
- A importância do Mundo da Matéria e do Karma para a Alma

For further schedule detail please visit the Web-site at: http://www.thenextworld.org/eng/news.html
Please bring comfortable clothes and tons of well being!

Om Shanti. Shanti.. Shanti...

From The Next World Family

Apenas algumas coisitas que me lembrei de partilhar convosco...

Eu tenho de diâmetro qualquer coisa como 4878Km, coisa pequena para vós terráqueos, eu sei... a minha massa, comparativamente com o do vosso planeta é apenas de 0,06, no entanto... dou a voltita ao Astro Rei nosso Pai em apenas 88 dias (dos vossos) e isto a uns loucos 48 Km/s ou 170 mil Km/h !! Mas há mais coisitas que vos posso dizer, por exemplo, daqui aí distam uns 80.500.000 Km, no entanto já estou bem mais pertinho do Pai do que vocês, estou aqui ao lado digamos, a uns 57.910.000 Km e ao contrário do vosso belo planeta não tenho nenhum satélite a fazer-me companhia, já agora... cumprimentos à Lua, sim?

Acabo de nascer...

É verdade...
Acabo de ver a luz do dia.
De hoje em diante e como primeiro planeta para uns e mensageiro divino para outros por aqui andarei a mercuriar...

Mercuriemos então...